Florais de Bach

Essências Florais de Bach-38 infusões naturais extraídas de flores silvestres.
Edward Bach-Gales-Grã-Bretanha, 1886-1926.

ATUAÇÃO
Estados emocionais de seres vivos.

AXIOMA BÁSICO
"A enfermidade é o resultado de um desequilíbrio emocional gerado por pensamentos negativos persistentes, bloqueios no campo energético."

Medicina Alternativa reconhecida pela OMS desde 1976.


ESSÊNCIAS
Cada essência corrige um comportamento, seja circunstancial ou de tipo. Dr. Bach nos deixou 38 essências, divididas em sete grupos: 

Grupo do Medo
Mimulus: para medos conhecidos, acanhamento, timidez.
Rock Rose: para pânico, terror, medos intensos.
Aspen: ansiedade e apreensão sem causa aparente.
Cherry Plum: para o autocontrole em qualquer nível.
Red Chestnut: para os excessivamente preocupados com os outros, temendo que algo ruim lhes aconteça. 

Grupo das incertezas e inseguranças
Cerato: para confiar em si, sem precisar pedir a opinião dos outros.
Scleranthus: para escolher a melhor opção em duas possibilidades.
Hornbem: para o cansaço mental e o comportamento de adiar situações.
Gentiam: resgata fé e bom ânimo.
Gorse: traz esperança para as situações em que se acredita não terem mais solução.
Wild Oat: insatisfação no trabalho, rumo e direção profissional. 

Grupo dos que estão desinteressados das circunstâncias atuais
Clematis: devaneio, desatenção, memória.
Honeysuckle: para os que estão ligados ao passado.
Wild Rose: resignação, apatia.
Olive: exaustão: traz energia vital.
White Chestnut: pensamentos indesejáveis e persistentes.
Mustard: tristeza sem causa aparente, depressão cíclica.
Chestnut Bud: repete os mesmos erros.


Grupo da Solidão
Water Violet: orgulho e altivez.
Impatiens: para os impacientes, irritados em relação a tempo.
Heather: egocentrismo, preocupação consigo mesmo.

Grupo dos excessivamente influenciáveis a ideias e opiniões
Agrimony: tormento interior e faz de conta que está tudo bem.
Centaury: dificuldade em dizer não, por limites.
Walnut: para todas as mudanças.
Holly: ódio, inveja, ciúme, desconfiança.

Grupo do desalento e desespero (trabalha auto-estima)
Larch: não age, acredita no fracasso.
Pine: cobra-se muito, tudo é sua culpa, inclusive o erro dos outros.
Elm: para os momentos “sobrou para mim”, não dá para delegar, sentimento de que não vai conseguir.
Sweet Chestnut: para os momentos em que não se vê saída, desespero.
Star of Bethlehem: choques e traumas do presente e do passado.
Willow: ressentimento, amargura, vítima.
Oak: dificuldade em delegar, trabalha demais.
Crab Apple: aceitação do próprio corpo, depurativo em todos os níveis.

Grupo com excessiva preocupação com o bem estar dos outros
Chicory: controlador, chantagem.
Vervain: grande ansiedade em convencer os outros de suas idéias e opiniões.
Vine: autoritarismo, dono da verdade.
Beech: mania de julgar, crítico, intolerante.
Rock Water: auto-repressão, disciplinado em excesso. 



FLORAIS
     Os florais corrigem o equilíbrio emocional no campo energético. Tiveram seu efeito reconhecido em 1976. Para o Dr. Bach o importante era tratar a personalidade da pessoa e não a doença. A doença é resultado do conflito da alma e da personalidade (“O sofrimento é mensageiro de uma lição, a alma manda a doença para nos corrigir, nos colocar no caminho de novo. O mal nada mais é do que o bem fora do lugar.”)

A origem das sete doenças é proveniente de sete pontos a serem melhorados no ser humano:
. Orgulho

. Crueldade
. Ódio
. Egoísmo
. Ignorância
. Instabilidade mental
. Cobiça e gula

São sete os caminhos do equilíbrio (liberdade):
. Certeza
. Sabedoria
. Amor
. Paz
. Esperança
. Alegria

. Fé

Recomenda-se:
. Atividades físicas regulares
. Relaxar alguns minutos todos os dias
. Mudança de hábitos alimentares
. Evitar bebidas gasosas, chocolate e café

Conceito de Saúde – harmonia, integração, individualidade e integridade.



O TRATAMENTO 

     Os florais não têm contra indicações, não causam overdose ou efeitos colaterais.
A duração do tratamento varia com cada caso: emergente, crônico e circunstancial.
Manter o mesmo remédio por 2 meses.


     O tratamento é feito pelo estado de animo do paciente, pela personalidade da pessoa (básico) + complementares.

     O tratamento devolve a medida certa aos sentimentos.
     Depois de um tratamento é muito difícil voltar ao mesmo problema.

     Com o tempo o terapeuta vai acrescentando e tirando florais.
     Após o tratamento (em geral de 5 a 8 meses) a pessoa pode parar e só tomar florais em condições especiais.



Florais de Bach 
QUEM FOI BACH?

      Nasceu em 24 de Setembro de 1886 em Moseley – Inglaterra. De família
humilde, ele conhece, desde a mais tenra infância, as angústias dos operários. E percebe
que, para eles, ficar doente é o mais trágico e terrível fato que pode suceder a um
homem. A enfermidade não significa apenas sofrimento pessoal, mas desemprego e, em
consequência, miséria para toda a família.
     O pequeno Edward, cedo revela extrema sensibilidade, além de notável amor
pela natureza, poder de concentração, profunda intuição, qualidades que alia a um
permanente bom humor. Ainda na adolescência, adota a firme resolução de tornar-se
médico. É bem provável que as dores humanas com que se habituara a conviver tenham
pesado de modo decisivo na escolha da carreira – que ele sempre encarou como
autêntico sacerdócio.
     Aos 20 anos, Bach ingressou no University College Hospital, de Birmingham,
onde graduou-se. A seguir, obteve o diploma de Saúde Pública em Cambridge,
especializando-se em bacteriologia e imunologia.
     Diante de tal currículo, pode-se imaginar que Edward Bach foi um estudante
como outro qualquer. Nada mais enganoso. Apesar de seguir os passos dos colegas no
tocante ao tratamento, o jovem interno dedicava a maior parte do tempo a ouvir relatos
de vida dos pacientes. Acreditava que assim descobriria a causa profunda dos problemas
que apresentavam.
     Utilizando-se desse recurso, percebeu que as crises de asma de uma senhora de
meia-idade decorriam da separação do filho único, que arrumara emprego numa cidade
distante. A mãe aflita, sem notícias do rapaz, vivia permanente atemorizada com a
possibilidade de que ele pudesse adoecer, sofrer um acidente ou mesmo morrer. O medo
foi embora (e aparentemente a asma) quando o moço mudou de trabalho e voltou para
casa.
     Outro caso observado por Bach nessa época também se relacionava com
problemas profissionais . Um homem perdeu o emprego e passou a apresentar sintomas
de úlcera duodenal. Além disso, sofria de intensa angústia. Ao ser reintegrado à empresa
que o despediu, readquiriu a tranquilidade e curou-se da úlcera.
     Tais casos comprovaram para Bach que estados emocionais negativos
favorecem certas doenças físicas. Acontece que, na primeira década do século, o médico
fez essas observações, a abordagem soava como fantasiosa, anticientífica e até
charlatanesca.
     Apesar do clima desfavorável, Bach prosseguiu em seus estudos e reflexões,
sem abandonar a carreira tradicional. Durante a 1ª Guerra Mundial, tornou-se
responsável por quatrocentos leitos de feridos no Hospital Universitário de Londres. O
estreito contato com os doentes induziu-o a aprimorar a suposição de que as reações
emocionais tinham influência decisiva na evolução da enfermidade. Descobriu que o
mesmo tratamento, aplicado aos mesmos sintomas em indivíduos diferentes, podia
apresentar resultados diversos. Mais: julgou que doentes com temperamentos parecidos
respondiam positivamente aos mesmos remédios.

     A grande reviravolta na vida de Edward Bach ocorreria em 1917. Em julho
desse ano ele próprio adoeceu gravemente e foi desenganado pelos colegas. Após
melindrosa cirurgia, recebeu o veredicto fatal: restavam-lhe apenas três meses de vida.
     Decidido a consagrar às últimas energias às suas pesquisas, deixou o hospital antes de receber alta e trancou-se no laboratório, varando noites absorvido pelo trabalho.
     Passaram-se os três meses fatais e, em vez de piorar, sarou. Sua concluso foi de que, ao agarrar-se a um objetivo absorvente, a uma causa apaixonante, despertara forças
interiores desconhecidas, que o levaram a superar a enfermidade física.
     Em 1919, o encontro com as idéias do Dr. Samuel Hahnemann, criador da
Homeopatia, serviu para aprofundar suas convicções. O princípio homeopático de que
“não se deve tratar a doença, mas o doente”, adaptava-se como luva às noções que Bach
vinha desenvolvendo ao longo de sua vida profissional e pessoal.
     Decidiu, então, trabalhar como patologista e bacteriologista no Hospital
Homeopático de Londres. Movido por incansável espírito investigativo, dedicou-se ao
estudo de sete grupos de bactérias da flora intestinal, preparando com eles, dentro dos
princípios da Homeopatia, sete nosódios (medicamentos) destinados à purificação do
aparelho intestinal. Os nosódios de Bach deram-lhe notoriedade nos meios médicos
europeus. Conduziram-no a uma importantíssima descoberta para a obra que viria a
desenvolver.  Todos os pacientes com as mesmas dificuldades emocionais reagiam
favoravelmente ao mesmo nosódio – não importando a enfermidade que os acometia.
     Acreditou confirmada, assim, a observação feita já há algum tempo, mas agora
com medicamentos preparados por ele próprio.



Energia Universal

     Teve início, a partir daí, a última e mais fecunda fase da vida do admirável
médico britânico. Em 1930, no auge do prestígio, ele abandonou um próspero
consultório em Londres para viver num local inóspito – Mount Vernon, no País de
Gales. Na verdade, moveu-o uma profunda transformação interior (poderíamos dizer
crise espiritual). Obedecendo a um chamado superior, o Dr. Edward Bach dedicou-se a
buscar na vegetação nativa de seu refúgio campestre – nas flores, em particular – forças
capazes de restaurar o equilíbrio emocional do ser humano. Não foi atrás de princípios
ativos, substâncias químicas, mas de energia cósmica. Resultado: entre 1930 e 1934,
descobriu seus 38 remédios florais e lançou as bases de uma nova medicina, totalmente
distinta dos princípios da ciência ocidental.
     “A doença é apenas e tão somente uma correção de curso (na vida do ser
humano). Não é vingativa ou cruel. Trata-se, isso sim, do meio adotado pela alma para
apontar nossas falhas, impedir que aumente o mal que nós fazemos e prevenir erros
maiores, trazendo-nos de volta à senda da Verdade e da Luz”, definiu o Dr. Edward
Bach em “Cura-te a ti mesmo”, uma das duas obras escritas entre 1930 e 1934. Nelas
lançou os fundamentos da sua doutrina (a outra tem o título de “Os doze remédios”).

     Ainda que possa ser comparada a outras abordagens médicas não convencionais, a visão do médico inglês prima pela originalidade. Para ele, a maior parte dos distúrbios físicos deriva de desajustes emocionais. E estes, por sua vez, decorrem de conflitos entre a personalidade e as leis gerais que regem o universo.
     Segundo Bach, existiria uma perfeita unidade entre os infinitos elementos cósmicos e a total singularidade de cada indivíduo. Todos nós percorremos uma única e irrepetível
jornada através da vida, e o estado de saúde, em um determinado momento, indica o
ponto que atingimos nessa jornada.
     O pensamento do mestre da terapia floral, carregado de misticismo e espiritualidade, será aprofundado mais adiante. Por ora, basta assinalar que o Dr. Edward Bach dedicou os últimos seis anos de vida a pesquisar remédios que restabelecessem a harmonia da personalidade cuja energia vital foi bloqueada ou canalizada na direção incorreta.
      A flora nativa de Mount Vernon proporcionou-lhe os elementos necessários ao desenvolvimento de sua obra. O trabalho nada tinha a ver com os métodos científicos a
que se habituara nos laboratórios de pesquisa. As descobertas partiram da
“personalidade” das flores e das emoções do médico. Ele se tornou extraordinariamente
sensível, espécie de cobaia das próprias experiências. Passou a sentir, de forma intensa,
os estados mentais negativos para os quais procurava remédio. Bastava-lhe então
colocar uma pétala da planta pesquisada sobre a língua para avaliar seus efeitos sobre o
corpo, alma e espírito.
     Catalogou assim, numa primeira etapa, doze espécies vegetais, posteriormente
ampliadas para 38. Grande parte pertence à flora nativa de Mount Vernon – apenas três
são oriundas de outras regiões. Ao mesmo tempo, desenvolveu técnicas simples de
extração da essência vital ou princípio energético das plantas.
     Em 1936, Bach declarou a seus colaboradores que sua tarefa estava cumprida.
“ Minha missão nesse mundo terminou ”. Poucas semanas depois morreu tranquilamente, durante o sono.
      A partir do desaparecimento de Edward Bach, a terapia floral por ele criada plantou sólidas raízes na Inglaterra e daí se expandiu para o mundo inteiro, gerando florais em outro países (existem até siberianos). O instituto por ele fundado no País de Gales, e levado adiante por sua dedicada companheira e assistente Nora Weeks, continua, até hoje, a produzir os remédios florais exatamente como os idealizou e manteve.
     De tempos em tempos, alguém pergunta se o Dr. Bach teria acrescentado novos
remédios ao seu sistema, caso vivesse por mais alguns anos. Os discípulos respondem
com um enfático não. Os 38 florais existentes, segundo eles, cobrem todo e qualquer
estado negativo da mente humana. Não há necessidade, portanto, de outros. Ainda que
mudem as circunstâncias, a natureza humana permanece a mesma. Por essa razão, os
continuadores da obra do Dr. Edward Bach se empenham em mantê-la como seu
fundador a concebeu, há mais de meio século.



O que são os remédios florais do Dr. Bach ?

     Eles fazem parte de um método simples e natural através do uso de algumas
flores silvestres.
     Entre os diversos métodos terapêuticos e de cura, nós temos a alopatia, que é a
cura pela utilização de um remédio que provoque o efeito oposto ao da doença. A
alopatia é a conhecida medicina tradicional. Há também a homeopatia, que promove a
cura através de um remédio que provoca o mesmo efeito que o da doença. Ambos os
métodos foram utilizados pelo Dr. Bach que os sentiu insuficientes para uma cura
completa.

     Para o Dr. Bach, tanto a alopatia como a homeopatia visam um estado físico
dos pacientes e não se preocupam com o estado espiritual, o que para Dr. Bach é o mais
importante. Os remédios florais do Dr. Bach visam tratar desequilíbrios dos níveis
vibratórios, mentais, emocionais e físicos. Estes remédios são diferentes daqueles
preparados à base de ervas utilizados por outros métodos. Os remédios de Bach não
usam o material físico da planta, mas a sua energia essencial.
     Os remédios florais são propriamente remédios das emoções. Eles reconhecem
cerca de 38 condições, cada uma de acordo com um dos 38 remédios florais. Assim, nós
poderíamos relacionar estados de espírito tais como: medo; indecisão; falta de interesse;
solidão; sensibilidade excessiva; desalento; preocupação; etc.
     A forma de tratamento pelos remédios florais é inteiramente benigna, não há
contra-indicações. O Dr. Bach ao procurar os seus 38 remédios florais fez questão de
flores que crescessem sem a interferência do ser humano, isto é, fossem completamente
silvestres.
     Também procurou evitar qualquer planta que fosse venenosa. O Dr. Bach
procurou estabelecer em seu método uma “filosofia” própria para a cura. A presença do
ser humano neste mundo visa a aquisição do conhecimento e da experiência, rumo à
perfeição. A harmonia entre nossa personalidade e nossa alma é essencial para que
possamos viver em paz, com alegria e saúde. Neste sentido, a doença é uma dissociação
entre nossa personalidade e nossa alma.
     Podemos perceber por aí que a preocupação do Dr. Bach não é uma
preocupação puramente científica, mas principalmente espiritual.
     Se fizer uma análise química dos remédios florais, dificilmente conseguiria-se
descobrir que substância química é responsável pela cura, pois trata-se de uma “energia
sutil”.
     Os remédios florais servem, não apenas para se alcançar um estado saudável, mas também para mantê-lo.
     Como se disse, são remédios das emoções, que em desarmonia, podem vir a afetar nosso estado físico.
     Os remédios florais envolvem, neste sentido, o desejo real da pessoa em curar
suas desarmonias espirituais e consequentemente físicas.
Isto significa que, devemos manter nosso espírito aberto para a energia floral curar nossa desarmonia interior.
     Não basta simplesmente tomar o remédio e esperar pela cura se não manter o
espírito sincronizado com a energia emanada pelos florais, energia esta que tenderá a
devolver a harmonia perdida.


A filosofia de Bach

Compreenda as idéias do Dr. Edward Bach. Para tanto é preciso levar em conta, antes de mais nada, sua particular visão de mundo: sem professar nenhuma fé em especial, ele era um espiritualista, admirador de figuras, como Cristo e Buda, e crente na existência de um Ser Superior, criador do universo.
     De acordo com ele, para entender a natureza das doenças, devemos admitir que
o homem possui uma alma (o eu real), de natureza divina; o corpo físico não passaria do
templo terreno dessa manifestação imortal, “centelha do Todo-Poderoso”, como ele
próprio definiu a personalidade mortal. Além disso, fiel à idéia comum do espiritismo e
várias religiões orientais, Bach acreditava que a passagem da alma pela Terra revestiase
do caráter de missão: “ Somos personalidades vindas para cá a fim de obter todo o
conhecimento e experiência possíveis; desenvolver virtudes das quais carecemos;
extinguir tudo que é defeituoso dentro de nós e, dessa forma, avançar em direção a perfeição de nossas naturezas”, escreveu no famoso opúsculo “Cura-te a ti Mesmo”.
     Desse significado essencialmente ético e transcendente da vida, o médico inglês derivaria sua concepção sobre saúde e doença, e também o sistema terapêutico que leva seu nome. Fora de contexto, as proposições de Bach podem parecer ingênuas, ou até mistificadoras. Por isso, é imprescindível aprofundá-las um pouco mais.



Corpo e Alma atritam

     Para começar, a visão bachiana da vida e do Universo, além de espiritualista,
seria definível, em termos atuais, como holista. Isso significa aceitar que o Universo
englobe unitariamente tudo que existe, formando um ente infinito e harmonioso. De
outro lado, cada sistema, cada ser participante do todo tem sua própria singularidade,
segue um trajeto único e irrepetível através da vida.
     O indivíduo, portanto, é parte de uma unidade maior e um ser particular, mais
ou menos como uma célula dentro do organismo vivo. O reconhecimento desse
postulado leva Bach a concluir: “Qualquer ação contra nós próprios ou alguém outro,
afeta o conjunto. Ao provocar imperfeição numa parte o reflexo atinge o todo, do qual
cada partícula deve chegar à perfeição”.
     Começa, desse modo, a tomar forma a explicação sobre as causas das doenças
e sofrimentos físicos. Vejamos como Bach coloca a questão.
     A alma imortal tem consciência da missão de aperfeiçoamento e evolução
destinada ao indivíduo (a personalidade mortal) em harmonia com o todo. Ela não
devolve atitudes concretas, mas qualidades elevadas e ideais, como define o médico,
“virtude do nosso eu superior”. Entre esses atributos, que expressam o desejo de viver
em harmonia, ele menciona bondade, firmeza, coragem, constância, sabedoria e força de
vontade.
     Acontece que a personalidade, radicada no corpo físico, não tem consciência
da necessidade de aperfeiçoamento. E pode levar o indivíduo por descaminhos que
dificultem ou mesmo impeçam a realização das virtudes da alma.
      Instaurado o conflito entre alma e personalidade, logo afloram sentimentos que
se opõem às virtudes: a força de vontade transforma-se em fraqueza, bondade em
maldade, sabedoria em ignorância, coragem em medo e assim por diante. Tais estados
de espírito negativos provocam, segundo o Dr. Edward Bach, doenças no corpo físico.
     A boa saúde decorreria, portanto, de ações harmoniosas da personalidade com os
ditames da alma universal (cuja centelha todos os homens carregam dentro de si).
     Havendo sintomas do indivíduo com o grande campo de energia cósmica que o envolve e do qual ele faz parte, será forte, feliz e saudável.


A útil desarmonia

     Já quando a personalidade atrita as ondas energéticas que regem o universo ou
se desvia dos caminhos da virtude, provoca conflitos com a alma. E criar-se-iam
condições para o surgimento da doença.
     De início a ruptura se manifestaria de forma sutil, imaterial, assumindo, em
seguida, o caráter de pequenos distúrbios de comportamento: mau humor, falta de
interesse nas coisas mais simples, incapacidade de expressar sentimentos. A
enfermidade física surgiria como clímax do conflito. “O que conhecemos como doença
é o estágio final de um distúrbio muito mais profundo; cuidar apenas do resultado não
será um procedimento efetivo (para a cura), a menos que a causa fundamental seja
suprimida”, escreveu o Dr. Bach. Daí sua terapia repousar no tratamento das emoções
em desarmonia. Ou, para utilizar a linguagem dele, na solução do conflito entre
personalidade e alma.
     A solução paradoxalmente depende da doença. A desarmonia, portanto, exerce papel importantíssimo. “A real natureza de uma enfermidade será um guia eficaz para identificar o tipo de ação que se está praticando contra a Divina Lei do Amor e da Unidade”, assegura ele.

Retrato Fiel de si
 
     A solução para o impasse (caminho da cura e da felicidade) nada teria de impossível.
Bastaria diz o médico, “localizar o erro dentro de nós mesmos e suprir o defeito por meio do cuidadoso aprimoramento da virtude que o destruirá”, Ou seja sem “combater diretamente o erro, mas desenvolvendo de tal forma as virtudes opostas que o defeito chega a ser banido de nossa natureza.

     Dentro dessa perspectiva, o dr. Bach não usa sintomas físicos para chegar ao diagnóstico mas identifica estados negativos. Atenção, aqui Esses sentimentos não são considerados sintomas contra OS quais o médico precisa lutar. Sua neutralização é feita através de ondas de energia cujas vibrações, pulsando na mesma frequência das virtudes perdidas. ‘‘dissolvem os estados negativos corno a neve se derrete sob o sol”.
     As plantas Llsadas pelo Dr. Bach para preparar seus remédios encarnam, em sua
visão, cada uma das qualidades presentes na alma humana. Elas produziriam vibracões
energéticas capazes de sintonizar os camros correspondentes nas pessoas.
     Como ficou explicado, quahdo alma e personalidade entram cm conflito, ocorreria
um desequilíbrio cujo resultado final seria a enfermidade. Ora, o floral regulador da virtude que se “desregulou” na psiquê, agiria como catalisador, restabelecendo o contato entre aImna e personalidade (estimulando as a “fazer as pazes’’ ou a recuperar a harmonia perdida).
     ‘‘O extermínio da doença dependerá da descoberta, por pane da humanidade, das leis
inalteráveis do Universo, estabelecendo paz com a aIina e adquirindo a verdadeira alegria e felicidade de viver”, escreveu o mestre.
     A identificação das atitudes que nos levam a agir contra a unidade em desarmonia
com os desígnios da alma, de acordo com o dr. Bach, depende fundamentalmente do
auto conhecirnento. Um honesto exame de consciência revelará a natureza dos nossos
erros. Conselheiros espirituais, médicos e amigos ajudarão a traçar um fiel retrato de
nós mesmos. ‘‘Mas o melhor método dc aprendizagem é o pensamento sereno, meditação
e criação de uma atmosfera de paz ao nosso redor, de tal sorte que a alma seja capaz de falar-nos através da consciência, intuição, e de guiarnos segundo sua vontade.’’
     O médico enfatiza: reconquista-se a saúde não abrindo luta contra os defeitos, mas no
finne desenvolvimento da virtude oposta. Para superar a crueldade, não hasta repetir continuamente. “não serei caiei”. O êxito depende da força da mente: se ela fraquejar cairemos de novo no erro. Se cultivarmos a verdadeira compaixão para com nossos semelhantes. ela fará a crueldade desaparecer naturalmente. A partir daí, não há inimigo oculto que possa investir quando tivermos baixado a gúarda; a compaixão terá eliminado a possibilidade de cometermos qualquer ato que venha a magoar os demais”, esclarece, convicto, o dr. Bach. Ainda que as idéias do criador da terapia floral tenham cunho espiritualista ele não esquece o corpo físico, "morada terrena da alma”. Em primeiro lugar reconhece a necessidade de tratá-lo em certas circunstâncias (doenças agudas com os recursos da medicina convencional). De outro lado, recomenda uma série de cuidados hoje comuns entre os adeptos do naturalismo: higiene externa, com o uso de água corrente fria ou tépida e o mínimo indispensável de produtos adstringentes. Higiene Interrna, com dieta que privilegie alimentos limpos e saudáveis”, tais como frutas frescas, vegetais e nozes. 

     O dr. Edward Bach desaconselhava a  ingestão por originar toxinas no corpo, aguçar o apetite de forma “excessiva e anormal”, e ser cruel com os animais. A purificação
interna do corpo exige ainda o consumo de muito liquido (água e produtos naturais como chás e sucos). Considerava prejudiciais bebidas alcoólicas destiladas, tolerando as fermentadas (vinho, cerveja) com moderação.
      O dr. Bach dizia ainda que as horas de sono não devem ser excessivas e recomendava o uso de roupas leves que permitissem a exposição da pele ao sol e ar fresco. Em última análise, o médico britânico prescreveu para seus pacientes a antiga máxima latina: "mens sana in corpore sano”.
     Vemos assim que as idéias de Edward Bach compõem um sistema íntegro e completo
para a preservação da saúde física e emocional. Os remédios florais, peça principal desse conjunto, só funcionarão se acompanhados de uma atitude espiritual renovadora e forma positiva de encarar a vida. Mote as palavras do médico:
     “Devemos praticar firmemente a paz, imaginando nossa mente como um lago sempre calmo e aos poucos, desenvolver esse estado de paz até que nenhum acontecimento da vida, nenhuma outra personalidade seja capaz de encrespar a superfície do lago ou despertar em nós sentimentos de irritabilidade, depressão ou dúvida”.



Como trabalham as essências florais

      O ser humano não é apenas corpo físico – possui corpos determinados “sutis”,
feito de substancia energéticas não detectável por nossos equipamentos e instrumentos
de medição e constituídos de uma espécie de matéria de freqüência vibratória mais alta
do que a que constitui o corpo físico.
     As essências florais trabalham nesse campo sutil - e são uma poderosa ferramenta utilizada na Medicina Vibracional -, e a energia das plantas e flores é utilizada para trabalhar os níveis de consciência, ora transformando condições desarmonizas (medo, raiva, ressentimento, culpa) ora ampliando as condições positivas (aumento da auto estima, da criatividade, da alegria, da cooperação). As essências florais de Bach se enquadram nas que trabalham as condições negativas.
     Embora trabalhem em seu corpo sutil, elas causam impacto energético também
no corpo físico e podem ser usadas como auxiliar no tratamento de doenças físicas, sem
que, no entanto os tratamentos médicos ou psicoterapeuticos sejam dispensados. Na
nossa anatomia sutil há o chamado fluido etérico – a parte do corpo etérico que rodeia
cada célula do corpo físico e que leva/mantem a energia vital das células.É nesse fluido etérico que se fixa a essência floral, possibilitando o impacto a nível celular no corpo físico.
     O pensamento e o sistema de crenças são pura energia, têm poder e geram a nossa realidade e os nossos sentimentos. Uma das primeiras reações quando se começa a trabalhar com as essências florais é uma maior consciência daquilo que se pensa – e, conseqüentemente, se sente -, i.e, das causas energéticas da doença. Isto pode trazer certo desconforto, porque a maioria das pessoas desconhece o seu padrão de pensamento e sentimento.
     A trajetória das essências florais no corpo é instantânea, mas os seus resultados podem não ser imediatos, as vezes decorrendo meses e muitas prescrições até desmontar um padrão desarmonioso.



Os florais a luz da física moderna

     Tomemos uma fita de videocassete virgem e outra com imagens e sons gravados.
Se forem analisadas apenas quimicamente, por mais sofisticado que seja o laboratório,
não se conseguirá descobrir qual delas está gravada, pois ambas tendo a mesma composição. Entretanto, com um instrumento adequado para captar as variações
eletromagnéticas, como, por exemplo, um simples aparelho de vídeocassete, facilmente distínguiremos uma da outra. Assim é com os florais. A água em que a flor é mergulhada não armazena as suas substâncias químicas, mas sim o seu padrão eletromagnético, que é capaz de ser detectado e compreendido pelos organismos vivos, tal qual faz o videocassete com as fitas magnéticas. Ainda assim, pode-se questionar se uma energia tão sutil, tão fraca, teria poteneia para nos influenciar.

     Para explicar isso, recorremos a outro exemplo corriqueiro: um controle remoto de TV. Ele não tem potência elevada, pois nem precisa, já que sua utilidade é enviar mensagens em forma de comandos para a televisão, os quais acionarão Funções que vão utilizar da energia da TV, e não do controle remoto. Do mesmo modo, os tio vais precisam apenas de sua energia extremamente sutil, pois eles não atuam diretamente no complexo corpo-mente. Na verdade, eles são portadores de mensagens, de comandos eletromagnéticos capazes de acionar profundamente as nossas próprias energias. Outra semelhança: para que um controle remoto possa comandar uma TV, é necessário que a mensagem seja enviada num código freqüência adequado a ela (por isso o controle da televisão não serve para videocassete ou para aparelhos de outrasmarcas, pois não trabalham na mesma frequencia. Todo ser tende a vibrar, a pulsar em determinadas freqüências preferencias (número de vezes por segundo). Se fornecermos energia num ritmo semelhante a essa freqüência, seu aproveitamento será maximizado.
     Esse perfil to entrosamento entre a emissão e a capacidade do receptor é o fenômeno da ressonância. Um exemplo banal de ressonância é o movimentar de um balanço. Se em vez de o empurrarmos desordenada–mente, sincronizarmos os impulsos com o próprio ritmo natural do vaivem do balanço, precisaremos cada vez menos de energia e o movimento se tornará cada vez mais intenso. Analogamente, a situação emocional consciente faz com que nossas energias vibrem em determinadas frequencias especiais.
      Cada floral, por sua vez, tem o seu próprio padrão vibracional. Se corretamente escolhida, a fórmula floral irá sintonizar a capacidade de recepção de quem a usa, ocorrendo a ressonacia fator capaz de despertar intensas reações. Caso a fórmula não esteja adequada às emoções conscientes do usuário, não ocorrerá a sintonia, nem reações, como se tentássemos usar o controle remoto do videocassete para acionar a televisão.